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Risco de Infecções Oculares e Orientações para o Uso Adequado de Colírios.
Nos últimos anos, uma série de notícias tem levado a uma crescente preocupação em relação ao uso de colírios.
Após relatos de pacientes nos Estados Unidos que sofreram infecções oculares e perda de visão, supostamente devido ao uso de colírios importados da Índia.
No entanto, é crucial manter a calma, pois o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) assegura que o risco de infecções como as relatadas é extremamente raro.
A segurança e a eficácia dos colírios como uma forma de tratamento ocular são bem estabelecidas quando usados corretamente. Colírios são comumente prescritos para tratar uma variedade de condições, desde olhos secos até glaucoma, e desempenham um papel vital na preservação da saúde dos olhos.
O CBO enfatiza que o recente incidente não justifica pânico generalizado. No entanto, ressalta a importância de seguir práticas de vigilância e prevenção no que se refere ao uso de colírios. Quando se trata da saúde ocular, a prevenção é sempre o melhor remédio.
A professora Ana Luisa Höfling-Lima, membro do CBO, salienta a importância de se atentar aos produtos que aplicamos em nossos olhos e em outras partes do corpo. Reações alérgicas podem ocorrer, e é essencial que qualquer sinal de desconforto seja comunicado a um profissional de saúde. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são cruciais para garantir a saúde ocular.
A questão que permanece é: o que causou esses incidentes nos Estados Unidos? Após relatos de pacientes, uma inspeção no fabricante do colírio revelou falhas nas etapas de esterilização. Quase metade das amostras testadas continham bactérias, e sete delas eram da mesma cepa das infecções. Atualmente, o Food and Drug Administration (FDA) e o Centers for Disease Control and Prevention (CDC) estão trabalhando para retirar do mercado os colírios contaminados.
O CBO emite recomendações importantes para evitar esse tipo de situação no Brasil. Entre as principais orientações, destacam-se:
- Verificar as datas de fabricação e validade dos medicamentos no momento da compra, evitando produtos vencidos.
- Certificar-se de que as embalagens dos medicamentos estejam intactas e que os lacres dos frascos não tenham sido violados.
- Usar apenas o medicamento prescrito pelo médico e evitar a troca por orientações de balcão em farmácias.
- Lembrar que os medicamentos são de uso pessoal e não devem ser compartilhados, mesmo com familiares.
- Durante a aplicação, escolher ambientes limpos e com menor risco de contaminação.
- Evitar que o frasco de colírio entre em contato com a pele da pálpebra, cílios e globo ocular. Colírios valvulados ou em flaconetes de dose única ajudam a evitar contaminação.
- Seguir rigorosamente as orientações do oftalmologista em relação ao tipo de medicamento, dosagens e intervalos de aplicação.
- Ficar atento a sinais e sintomas de alergias ou outras reações adversas, como ardor, lacrimejamento e sensação de corpo estranho nos olhos. Interrupção do uso do medicamento e consulta ao médico são recomendados em caso de sintomas incomuns.
Lembre-se, cada pessoa pode reagir de forma diferente a tipos de colírio, e os sintomas podem variar entre indivíduos e até mesmo entre os olhos da mesma pessoa.
Portanto, não há motivo para pânico em relação ao uso de colírios. Continuamos a contar com um tratamento seguro e eficaz para várias condições oculares. A chave é a vigilância e a prevenção – a proteção da saúde ocular deve ser nossa prioridade. Em caso de qualquer desconforto ocular, consulte um oftalmologista. Sua visão é valiosa e merece todo o cuidado.
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